No dia do professor, Kátia Canton dá dicas sobre o papel educativo dos contos de fadas
Em 15 de outubro, é comemorado o Dia Nacional do Professor. Para ressaltar a importância desse profissional, nesta edição da Horizontes trazemos dicas da mestra Katia Canton sobre o papel educativo das histórias de magia. Elas foram selecionadas em seu curso Navega Contos de Fadas: Uma Jornada, voltado aos que desejam incorporar questões sociais, educativas e lúdicas dessas narrativas a seus saberes e práticas. A todos os mestres, com carinho, vai aqui nosso presente: ideias para serem aplicadas em sala de aula.
Quer ler contos de fadas para seus alunos? Os Irmãos Grimm são indicados
No século 18, a visão da infância muda e há uma maior preocupação com a educação. Katia explica que os irmãos Grimm eram estudiosos acadêmicos e queriam usar contos de tradição oral para ajudar na educação das crianças. Suas versões de A Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho e Cinderela visam uma educação pautada em valores e morais daquele contexto histórico, com o início do processo de escolarização. É interessante explicar para as crianças as semelhanças e diferenças sociais e de comportamento nas histórias dos irmãos Grimm e na atualidade.
Quer falar de consciência social em aula? Leia Hans Christian Andersen
Por ter nascido pobre, o escritor de contos Hans Christian Andersen sempre iluminou a questão das diferenças sociais em histórias como O Patinho Feio, A Polegarzinha e A Pequena Vendedora de Fósforos. Katia conta que a criatividade do escritor vinha das histórias contadas por seu pai, morto quando ele tinha 10 anos. Com esforço e superação, Andersen conseguiu se firmar como um dos grandes escritores do gênero, necessário para mostrar à aristocracia as diferenças sociais e o que isso significava. Ele fazia das histórias uma ferramenta de poder para mudar essa situação, tendo em vista que ele tinha propriedade sobre aquelas experiências.
Proponha um conto de fadas como tema de redação
Para exercitar a imaginação dos seus alunos, você pode indicar que eles escrevam um conto de fadas próprio. Para isso, Katia Canton ensina que é necessário lançar mão da estrutura narrativa desse gênero. Qual é ela? “Nessa estrutura narrativa, deve aparecer a situação inicial, que apresenta seu personagem principal, o herói ou a heroína. Depois, a dificuldade, o obstáculo, um pedido de ajuda, o lamento. E o desenvolvimento dessa ajuda, como ela chega e é trabalhada. Finalmente, vem a resolução do problema e a conclusão final. Aí você pode escolher se esse conto vai acabar com ‘foram felizes para sempre ou não”.
Para conhecer a fundo o universo mágico dessas histórias milenares e oferecer a seus alunos um panorama amplo e divertido sobre o tema, inscreva-se no curso Navega Contos de Fadas: Uma Jornada com Katia Canton. Aí é só soltar sua criatividade em sala de aula e fazer os mais diversos usos educacionais das narrativas de fantasia. Especialize-se com a gente e tenha um feliz Dia do Professor! E você que é das áreas de sociologia e artes ou se interessa por questões feministas e históricas vai se apaixonar pela abordagem desses temas nessas histórias. Inscreva-se já!